Largo Resources vai investir US$ 360 milhões na produção de pigmento de titânio
A mineradora Largo Resources, antiga Vanádio Maracás, pretende investir na produção de pigmento de titânio, material muito usado na indústria química. Atualmente o titânio é um dos concentrados do rejeito do beneficiamento do vanádio. Segundo a empresa, estão programados investimentos de US$ 590 milhões até 2031, a maior parte no novo negócio.
Em entrevista ao Valor Econômico, o presidente da empresa, Paulo Misk, informou que, na expansão da produção de vanádio para baterias, será investido US$ 230 milhões a partir de 2031. Mas que o foco será a produção de pigmento de titânio, que vai consumir US$ 360 milhões.
O projeto prevê que a planta de beneficiamento do titânio será instalada no complexo petroquímico de Camaçari, na Bahia. Já a mina continua na cidade de Maracás (BA).
Conforme informado, o projeto terá três etapas. A primeira, entrará em operação em 2024, produzindo 30 mil toneladas do produto. Na segunda fase, em 2026, a companhia terá capacidade de beneficiamento de 60 mil toneladas de pigmento de titânio e, na última etapa, em 2029, a produção alcançará 120 mil toneladas. Segundo a empresa, o Brasil consome 180 mil toneladas de pigmento por ano e a produção da companhia será destinada, em sua maior parte, ao mercado brasileiro.
Além disso, através de um estudo de viabilidade publicado, a companhia confirmou que suas reservas minerais se estenderam para 20 anos, um aumento de 12 anos em comparação com os parâmetros estabelecidos no relatório técnico da empresa de 2017.
A expansão da produção de vanádio para baterias vai começar em 2031, quando a companhia vai aumentar a capacidade instalada de 13,2 mil toneladas por ano para 15,9 mil toneladas anuais, ao custo de US$ 230 milhões.
“Nosso plano de mina atualizado contempla uma abordagem de expansão em fases para incluir a produção de pigmento de titânio. Quando combinado com os resultados de nossa produção de vanádio existente, é previsto um fluxo de caixa livre significativo de mais de US$ 4 bilhões ao longo da vida da mina”, disse o executivo em relatório.
Informações / Revista Mineração
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